Exercício "O Cão Achado"

24-07-2013 20:54

Pai – Cipriano Algor – 1° Personagem da narrativa

O cão Achado – 2°. Personagem

Marta – a filha - 3° Personagem

Maria de Lourdes – Narradora

 

Cipriano era um senhor viúvo, com cinqüenta e cinco anos. Tinha boa saúde, de aparência jovial.. Era loiro, de olhos azuis . Sua fisionomia demonstrava ser uma pessoa alegre e simpática.

Cipriano era dono de uma furgoneta, sempre bem cuidada, o que demonstrava que o seu dono era cuidadoso com seus pertences.

Certo dia numa de suas idas ao Centro ,em sua furgoneta, ele avistou no jardim da praça  , deitado na grama um cão, de olhos tristonhos , parecia faminto. Como Cipriano gostava de animais, desceu do carro e estalou os dedos. O cão logo se levantou e latiu alegre, pensando: -“Oba, que bom, arranjei um amigo.”

Cipriano olhou ao redor, não havia ninguém. Ele gostou do cão, agradou-o.

Mas como tinha compromisso com hora marcada em seu Escritório, dirigiu-se apressadamente para a furgoneta.

Ao fechar a porta, notou que o cão o havia seguido e pulava desesperado no pára-choque do carro.

Com dó, Cipriano abriu a porta e logo o cão entrou e se instalou no banco traseiro. Estava feita a “amizade” .

Chegando ao Escritório, determinou trabalho aos empregados, leu o jornal, tomou conhecimento das novidades, leu as cartas comerciais e mandou a Secretária responde-las conforme o determinado.

Despediu-se rapidamente e dirigiu-se  a furgoneta. O cão estava deitado no banco traseiro, quando o viu, latiu alegremente.

A furgoneta voava pela estrada. Enfim chegaram a sua residência. Durante o trajeto Cipriano ia pensando em como chamar o cão. Pensou, pensou e encontrou um nome: “Achado” . Esse nome parecia servir como uma luva naquele personagem.

Quando o ronco do motor chegou aos ouvidos de Marta, a filha de Cipriano

se dirigiu  correndo para a porta para recebe-lo.

--- Papai, tudo bem? Como foi a viagem? Correu tudo bem?

Ela não esperou pela resposta. Olhou assustada para a furgoneta e se deparou com a figura alegre do animal.

--- Quem é este?

--- É o “Achado”, seu pai respondeu , Ele é o novo habitante do nosso lar.

--- Mas como? Vai nos dar trabalho !

O cão percebendo o jeito de falar de Marta pensou:

--- “Vou ter problemas com esta mocinha”.

Marta era filha única de Cipriano. Era muito bonita . Morena de olhos azuis, iguais aos do pai. Seus cabelos eram de um castanho escuro. Ela se parecia com sua mãe, uma jovem senhora, falecida a alguns meses  de uma doença incurável.

Marta tinha muitas saudades de sua mãe, por essa razão seu semblante era tristonho , entretanto ela disfarçava  sempre quando estava junto a seu pai, para nãio entristece-lo.

O ambiente da casa era muito alegre antes do falecimento de Júlia, pessoa muito amada pelo esposo e filha.

Marta era desenhista. Seus trabalhos eram belíssimos . Quando prontos, Cipriano levava os sobrescritos, as propostas e os desenhos para o Escritório para serem vendidos. Os negócios eram realizados sempre com sucesso. A renda era satisfatória.

Voltemos a falar do cão. Seguindo Cipriano, ele desceu da furgoneta e entrou na casa.

--- Sou estranho ainda, pensou .

Cipriano chamou:

--- Venha Achado, venha beber água e comer a sua comida.

Dias se passaram. O novo personagem ia se acostumando com o movimento de seu novo lar.

Cipriano quando ia ao Centro chamava Achado para passear na furgoneta. Ele já sabia quando o motor roncava e pensava:

--- Oba, vou passear com meu dono.

Entretanto  Marta estava sempre ocupada  e não tinha tempo de acarinhá-lo. Ele sentia isso.

Certo dia, aos lhe negar a ida ao Centro, Cipriano lhe disse :-

--- Hoje você não irá, vai ficar em casa, vou a negócios de homens.

Marta acompanhou o pai até a furgoneta para entregar os desenhos, sobrescritos e propostas.

O cão pensou que ela iria até o Centro, mas Marta virou-se e voltou para casa. Seu pai iria sozinho. O cão ficou feliz, não ficaria sem companhia.

Marta foi para a cozinha, sentou-se na mesma cadeira  que já estivera trabalhando e muito triste, derramou algumas lágrimas de seus lindos olhos azuis.

Ela sentia saudades de sua querida mãe. Ao entrar na zozinha, o cão notou a tristeza de Marta e pousou sua cabeça sob os joelhos dela.

Marta observando o cão pegou o carvão e traçou no papel  os primeiros esboços de sua cabeça. Primeiramente Marta se comoveu com a doçura  do cão e passou sua mão sobre sua cabeça. Ele continuava a olhá-la docemente.. Então ela continuou o desenho, sua mão tornava-se firme e a cabeça do cão apareceu-lhe na sua beleza e força.

Depois desse dia, Marta descobriu que nascia uma grande amizade pelo cão Achado, igual a que Cipriano, seu pai, dedicava a ele.

Concluindo, captei a seguinte mensagem ao conviver com a história.

“ O amor que o cão dedica aos seus donos deve ser retribuído , porque ele tem sentimentos.” .